Biologia

domingo, fevereiro 04, 2007

Sindrome de Down

A Síndrome de Down consiste em um grupo de alterações genéticas, das quais a trissomia do cromossomo 21 é a mais representativa (no contexto da medicina, uma não-disjunção, pela qual esta síndrome é também conhecida), causando graus de dificuldades e aprendizagem e de incapacidade física altamente variáveis. Esta doença genética deve o seu nome a John Langdon Haydon Down, o médico britânico que a descreveu.
Estima-se que a incidência da Síndrome de Down seja de um em cada 660 nascimentos, o que torna esta deficiência uma das mais comuns de nível genético. A idade da mãe influencia bastante o risco de concepção de bebé com esta síndrome: em idades compreendidas entre os 20-24 anos é de apenas 1/1490, enquanto que aos 40 anos é de 1/106 e aos 49 de 1/11.
O termo foi referido pela primeira vez pelo editor do The Lancet, em 1961.
Era, até à data, denominado como mongolismo pela semelhança observada por Down na expressão facial de alguns pacientes seus e os indivíduos oriundos da Mongólia. Porém, a designação mongol ou mongolóide dada aos portadores da síndrome ganhou um sentido pejorativo e até ofensivo, pelo que se tornou banida no seio científico.
As crianças com síndrome de Down encontram-se em desvantagem em níveis variáveis face a crianças sem a síndrome; o QI duma criança afectada raramente é superior a 60. Outra característica frequente é a microcefalia, um reduzido peso e tamanho do cérebro. O progresso na aprendizagem é também tipicamente afectado por doenças e deficiências motoras, como doenças infecciosas recorrentes, problemas no coração, problemas na visão (miopia, astigmatismo ou estrabismo) e na audição.
Vários aspectos podem contribuir para um aumento do desenvolvimento da criança com síndrome de Down: intervenção precoce na aprendizagem, monitorização de problemas comuns como a tiróide, tratamento medicinal sempre que relevante, um ambiente familiar estável e condutor, práticas vocacionais, são alguns exemplos. Por um lado, a síndrome de Down salienta as limitações genéti
cas e no pouco que se pode fazer para as sobrepor; por outro, também salienta que a educação pode produzir excelentes resultados independentemente do início. Assim, o empenho individual dos pais, professores e terapeutas com estas crianças pode produzir resultados positivos inesperados.
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A Síndrome de Down poderá ter quatro origens possíveis:
- A trissomia 21 poderá ser causada por um fenómeno de não-disjunção meiótico. Neste caso, a criança terá três cópias de todos os genes presentes no cromossoma 21. Esta é a causa apontada em 95% dos casos observados de Síndrome de Down.

- O material extra poderá ser proveniente de uma translocação robertsoniana, isto é, o braço longo do Cromossoma 21 liga-se topo a topo com outro cromossoma acrocêntrico (cromossomas 13, 14, 15, 21 ou 22), podendo haver assim variabilidade na região extra. A mutação pode ser uma mutação de novo e pode ser herdada de um dos progenitores que não apresenta a doença pois tem uma translação Robertsoniana equilibrada. Por disjunção normal na meiose os gâmetas são produzidos uma cópia extra do braço longo do Cromossoma 21. Esta é a causa de 2 - 3% das Síndromes de Down observadas. É também conhecida como "Síndrome de Down familiar".

- O indivíduo pode ser um mosaico de células com arranjo genético normal e células com trissomia 21. Isto pode acontecer de duas maneiras: Uma não-disjunção numa divisão celular durante as primeiras divisões do zigoto, ficando assim essa célula com uma trissomia 21, dando origem a mais células iguais a si nas divisões seguintes e as restantes células permanecendo normais; ou então poderá acontecer o contrário, um zigoto ou embrião com Síndrome de Down sofrer uma igual mutação, revertendo assim as células para um estado de euploidia, isto é, correcto número de cromossomas, que não possuem trissomia 21. Existe, obviamente, uma variabilidade na fracção n.º de células doentes/n.º de células sãs , tanto no total como dentro de um próprio tecido. Esta é a causa apontada em 1 - 2% dos casos analisados de Síndrome de Down. Note-se que é provável que muitas pessoas tenham uma pequena fracção de células aneuplóides, isto é, com número de cromossomas alterado.

- Muito raramente, uma região do Cromossoma 21 poderá sofrer uma fenómeno de duplicação. Isto levaria a uma quantidade extra de genes deste cromossoma, mas não de todos, podendo assim haver manifestações da doença.

by: http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Down

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Alterações Genéticas


O que é uma mutação?
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Qualquer modificação ou alteração brusca de genes ou de cromossomas, podendo provocar uma variação hereditária ou uma mudança no fenótipo. A mutação pode produzir uma característica favorável num dado ambiente e desfavorável noutro.

Um indivíduo cujo património genético sofreu mutação chama-se mutante.

Existem várias doenças provocadas por mutações, muitas delas cromossómicas e outras génicas. As cromossómicas como o próprio nome indica são alterações a nível dos cromossomas e as genicas afectam um gene.

Mutações génicas


Mutações silenciosas – são muito comuns e responsáveis pela diversidade genética que não é expressa fenotipicamente e ocorrem preferencialmente no terceiro nucleótido da cada codão;

Mutação com perda de sentido – é outro tipo de mutação genica, na qual há substituição de bases que podem alterar a mensagem genética, de tal forma que um aminoácido é substituído por outro na proteína;

Mutação sem sentido – aqui existe a substituição de bases, mas neste caso, não é introduzido um novo aminoácido, ocorrendo, sim, o surgimento precoce de um codão de terminação (STOP)

Mutações cromossómicas (estruturais)

Delecção – perda de um segmento cromossómico em que parte do material genético é removido. Tal pode ocorrer nas zonas terminais ou intersticiais da molécula de DNA. Tem frequentemente consequências graves, excepto se afectar genes não necessários ou serem compensadas pela presença, na mesma célula, de alelos normais dos genes delectados;

Duplicação – existência de duas cópias de uma dada região cromossómica, frequentemente associada á delecção no correspondente cromossoma homólogo;

Inversão – remoção de um segmento de DNA e inserção numa posição invertida num outro local do cromossoma. No caso de a inversão incluir parte de um segmento de DNA que codifica para uma proteína, esta será muito diferente e não funcional, na maioria das situações;
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Translocação – troca de um segmento de DNA entre cromossomas não homólogos.
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by: Manual de Biologia 12º ano "Biodiversidade"